Assim como municípios vizinhos, São Domingos possui características peculiares como a forte presença cultural nordestina, motivada sobretudo pela proximidade com a Região Nordeste do Brasil. Diferentemente do Sul goiano onde a colonização foi iniciada por paulistas e mineiros que buscavam novos locais para realizar a mineração, São Domingos foi ocupado inicialmente por nordestinos, principalmente baianos e pernambucanos, devido à proximidade geográfica das regiões.
Mais recentemente a região atravessou uma nova fase no que diz respeito à exploração da terra e à cultura: o crescimento significativo da presença de sulistas (paranaenses, catarinenses e gaúchos) que chegaram à região na década de 1980 atraídos pelo baixo custo das terras. Dessa forma, São Domingos firma-se como uma região de fronteira com presença dos mais variados tipos de brasileiros: goianos, baianos, mineiros, cearenses, paranaenses, catarinenses, pernambucanos, paraibanos, etc.
Anualmente no mês de agosto entre os dias 1º a 4, é celebrado a festa do padroeiro da cidade de São Domingos (São Domingos de Gusmão) onde a cidade fica repleta de pessoas para a “levantada do mastro” (poste de madeira onde é colocada uma bandeira do santo em seu topo) em homenagem ao santo espanhol.
Entre os dias 05, 06, 07 ocorre a Festa do Bom Jesus da Lapa de Terra Ronca, é uma tradição do início do século e reúne moradores das cidades vizinhas e romeiros de Goiás, Tocantins e Bahia. São realizadas romarias com mais de 10 mil pessoas que acreditam nos poderes milagrosos da gruta. Barracas com bebidas, comidas típicas e artesanato cobrem a estrada que leva à caverna.
Todo ano no período da Semana Santa, ocorre a malhação do Judas, fato que acontece em todo Brasil. Em São Domingos é tradição confeccionar um boneco de pano com as características de alguma pessoa da cidade. Na madrugada de sábado (Sábado de aleluia), um grupo de pessoas escolhe um determinado local onde são amontoados objetos, carros, plantas etc., com um mastro de madeira no meio onde é pendurado o boneco do Judas. Quando amanhece o dia, mais ou menos por volta das 09:00 horas, um aglomerado de pessoas se faz presente e é realizada a leitura do Testamento do Judas para a distribuição dos objetos, momento esse onde são narrados os fatos (em forma de versos críticos/cordel) ocorridos durante o ano com vários habitantes da cidade -“Testamento do Judas”. Após a leitura do testamento, ocorre a malhação do Judas, momento em que os moradores destroem o boneco de forma quase ritualística.
Alguns elementos marcantes no imaginário da comunidade do município: Igreja da Matriz (fundada em 1907), a Rua 7 de Setembro, a Rua das Flores (situadas na parte antiga da cidade) e o Morro do Moleque, elevação de traços chamativos localizada na Formação Serra Geral, na atual entrada leste do município.